SURTOS DE GRIPE E COVID ATINGEM ALUNOS, FUNCIONÁRIOS E PROFESSORES DA ESCOLA CASTRO ALVES
Em Dourados, dezenas de alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Castro Alves estão afastados por força de atestados médicos comprovando terem contraído gripe ou Covid, provavelmente, em salas de aulas inadequadas. Ocorre que a escola passa por reformas estruturais desde o início do ano e vem funcionando em casa adaptada.
De acordo com informações que chegaram à redação da Folha de Dourados, através de um grupo de pais de alunos, embora a casa adaptada entre as ruas Iguaçu e Hayel Bon Faker tenha servido de sede da Escola Delphos (particular), ela não comporta o elevado número de alunos matriculados na Castro Alves.
Pequenas, as salas de aula estão superlotadas com carteiras coladas umas nas outras, não respeitando a metragem preconizada pela Secretaria de Educação do Mato Grosso do Sul e nem o distanciamento social recomendado pelas autoridades sanitárias que combatem a pandemia do novo coronavírus, que ainda não acabou.
Além do problema sanitário, que compromete também a saúde dos familiares dos alunos, funcionários e professores, a improvisação, segundo informações colhidas pela Folha, dificulta o aprendizado, já que as salas de aula possuem teto rebaixado e pouca ventilação, sufocando os alunos.
A aglomeração dificulta ainda a aplicação de testes e provas individuais, pois os alunos estão “colados” em filas de três ou dois alunos, que juntos facilitam a cola, a conversa e a dispersão da atenção, interferindo na avaliação do ensino-aprendizagem do aluno. Além disso, salas superlotadas estimulam a indisciplina e o adoecimento dos professores.
Na Escola há uma movimentação da comunidade visando garantir o ensino de excelência praticado há décadas com reconhecimento da sociedade douradense, agora comprometido diante da improvisação em espaço inadequado.
A solução passa pela transferência para o amplo prédio onde funciona o Coordenadoria Regional de Educação, no Jardim Europa (que abrigou os estudantes da Escola Presidente Vargas durante o período de reforma) e/ou no remanejamento de parte dos alunos para outras escolas que fiquem próximas das casas ou locais de trabalho dos pais.
Desde a semana passada a Folha de Dourados vem tentando ouvir o coordenador regional de Educação, Nei Elias Coineth de Oliveira, e a diretora da Escola Castro Alves, Márcia Regina da Silva Wider, mas sem sucesso.
A reforma da Escola vem sendo executada por empresa contratada pelo Governo do Estado por R$ 5,7 milhões e deve ser concluída no final deste ano ou início de 2023.
Folha de dourados.