sexta-feira, 6 de junho de 2025
Saúde

Governo de Mato Grosso do Sul fornece 84 mil doses da vacina contra Influenza para os 79 municípios

Além das vacinas recebidas em MS, serão distribuídas pela Secretaria Estadual de Saúde mais de 1,1 milhão de seringas e agulhas, garantindo a estrutura necessária para a imunização da população

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), recebeu do Ministério da Saúde 84 mil doses da vacina contra a Influenza, que estão sendo distribuídas de forma imediata a todos os 79 municípios, desde segunda-feira (24).

De acordo com o gerente de Imunização da SES, Frederico Moraes, os coordenadores municipais já foram orientados sobre o planejamento da campanha.

“Estamos prontos para iniciar a vacinação assim que as doses chegarem aos municípios. É fundamental que cada cidade siga as recomendações do informe técnico da estratégia de vacinação contra a Influenza do PNI (Programa Nacional de Imunizações). A vacinação visa proteger a população contra os impactos da Influenza, especialmente em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades”, destacou Moraes.

A SES reforça a importância de todos os habitantes se vacinarem para garantir a saúde coletiva e minimizar os riscos de infecções respiratórias neste período. Os municípios devem organizar a logística de vacinação conforme a demanda local, e a SES acompanhará de perto o andamento da campanha para assegurar que todos os cidadãos tenham acesso à vacina.

Além das vacinas recebidas em MS, serão distribuídas pela Secretaria Estadual de Saúde mais de 1,1 milhão de seringas e agulhas, garantindo a estrutura necessária para a imunização da população.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza terá início oficial no dia 7 de abril, com o Dia D programado para 10 de maio.

Helton Davis, Comunicação SES

Saúde

Aleitamento materno é tema de oficina preparatória para encontro nacional

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) promove, nesta quinta-feira (20), o lançamento do XVII ENAM (Encontro Nacional de Aleitamento Materno) e VII Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (VII ENCS), no Auditório do Bioparque Pantanal. O evento conta com a parceria da IBFAN-Brasil (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar), da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) e de outras instituições comprometidas com a saúde materno-infantil.

A oficina preparatória será uma oportunidade para profissionais de saúde, educadores, assistentes sociais e demais agentes envolvidos no cuidado materno-infantil atualizarem seus conhecimentos sobre práticas de saúde e nutrição para gestantes e crianças.

Com palestras, o encontro abordará temas fundamentais para o desenvolvimento saudável de crianças de zero a dois anos, como o aleitamento materno e a alimentação complementar. Também trará discussões sobre a importância de políticas públicas de apoio à amamentação e as estratégias para combater preconceitos.

Além de capacitar profissionais da área, a SES busca sensibilizar a sociedade para a relevância do aleitamento materno e de uma alimentação saudável na primeira infância, fortalecendo a rede de apoio à saúde de mães e crianças em todo o estado, em alinhamento com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).

“Nosso objetivo é capacitar os profissionais de saúde para que possam oferecer um atendimento mais eficaz, disseminando as práticas científicas mais recentes sobre aleitamento materno e alimentação complementar saudável. O aleitamento materno é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças, especialmente nos primeiros anos de vida, e traz benefícios tanto para a criança quanto para a mãe. Este evento proporciona uma excelente oportunidade de atualização e troca de conhecimentos entre os profissionais que atuam na saúde materno-infantil, reforçando a importância da promoção de políticas públicas que garantam o acesso e apoio ao aleitamento materno em nosso estado”, adianta gerente da Rede Alyne com ênfase em Aleitamento materno da SES/MS, Liliane Dias Tenório Rodrigues.

Serviço
Evento: Lançamento do XVII Encontro Nacional de Aleitamento Materno e VII Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável
Data: 20 de março de 2025, das 7h30 às 12h00.
Local: Auditório do BioParque Pantanal – Avenida Afonso Pena, 6001, Chácara Cachoeira – Campo Grande/MS

Danúbia Burema, Comunicação SES
Foto: Ilustrativa/HRMS

Saúde

Do doador ao paciente: o percurso do sangue em Mato Grosso do Sul para salvar muitas vidas

Poucos imaginam o trajeto que uma bolsa de sangue percorre até salvar a vida de um paciente. Por trás de cada doação, existe uma logística complexa e bem coordenada pela Rede Hemosul MS, responsável pela coleta, processamento e distribuição dos hemocomponentes em todo o Estado. Esse processo exige dedicação, precisão e uma cadeia de trabalho que impacta diretamente a saúde pública.

A Rede Hemosul distribui cerca de 8,6 mil hemocomponentes por mês, atendendo tanto hospitais públicos quanto privados, incluindo unidades no interior do Estado. O ciclo começa com a doação voluntária, quando o sangue é coletado, passa por exames rigorosos e é fracionado em componentes como hemácias, plaquetas e plasma.

Após validação laboratorial, o material é cuidadosamente armazenado e monitorado até sua liberação para o transporte.

Segundo a coordenadora da Rede Hemosul MS, Marina Sawada Torres, a logística envolve diferentes centros de coleta, como em Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e Paranaíba. A distribuição do sangue é essencial para atender a demanda de Mato Grosso do Sul.

“A distribuição de sangue no Estado é coordenada conforme a demanda dos hospitais, com destaque para as unidades de alta e média complexidade, que são as principais consumidoras. A prioridade é atender ao SUS (Sistema Único de Saúde), mas sempre que necessário, fornecemos sangue a outras unidades, conforme urgência”, explica Marina.

Juliana Flausino Haverith, motorista do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), relata a intensidade do trabalho. “Normalmente, fazemos o transporte uma vez por dia, mas a demanda pode aumentar muito. Quando um hospital precisa urgentemente, fazemos várias viagens, inclusive de madrugada. O sangue precisa chegar rápido e na temperatura ideal”.

Essa temperatura é garantida por caixas térmicas e o uso de “gelox”, que mantém as bolsas nas condições adequadas. O controle rigoroso assegura a qualidade dos componentes, mesmo para os municípios mais distantes. Ceres de Melo, responsável pelo Setor de Distribuição do Hemosul, explica que é fundamental garantir a logística e segurança no transporte das bolsas de sangue, principalmente no que diz respeito à temperatura.

“Se um paciente em Costa Rica ou Chapadão do Sul está grave, o sangue precisa chegar naquele dia, não no dia seguinte. Por isso, a logística precisa ser precisa, com o sangue sendo liberado a qualquer hora, até mesmo de madrugada, para que chegue rapidamente aos hospitais”, comenta Ceres.

O desafio maior, no entanto, está no equilíbrio entre oferta e demanda. “Há dias em que os estoques estão cheios e conseguimos atender bem. Mas, na maioria das vezes, estamos no limite, especialmente com tipos sanguíneos negativos”, explica a técnica de Hemoterapia da Rede Hemosul, Márcia Vicente de Souza. “Por isso, sempre reforçamos a importância da doação regular. A doação é fundamental para que possamos continuar nosso trabalho”, completa.

Além do transporte, os motoristas e equipes hospitalares passam por treinamentos anuais, que garantem a qualidade do processo. “Eles aprendem tudo, desde a coleta até a entrega ao destino, com instruções detalhadas sobre como manter os componentes sanguíneos em condições ideais durante o trajeto”, afirma Rudylene Zanúncio, chefe de Educação Permanente do Hemosul.

Ligada diretamente a SES (Secretaria de Estado de Saúde), a Rede Hemosul é referência em segurança e tecnologia no processamento de sangue. Segundo Marina, além das atividades de coleta e distribuição, a unidade realiza exames de biologia molecular para garantir a segurança dos hemocomponentes, sendo uma das 13 unidades no Brasil que recebe kits do Ministério da Saúde para realizar esses testes. “Isso garante a segurança tanto para os doadores quanto para os pacientes que recebem o sangue”, afirma.

A Rede Hemosul também trabalha com campanhas de conscientização para atrair novos doadores, especialmente durante feriados prolongados. Além disso, planeja expandir suas ações com a abertura de novas unidades e a implementação de projetos móveis, como ônibus de coleta, para aumentar a captação de doações no Estado.

“Estamos trabalhando em reformas para atender às novas normas e à crescente demanda, sempre com o objetivo de garantir que o Hemocentro de Mato Grosso do Sul continue oferecendo serviços com qualidade e segurança”, conclui Marina.

No final das contas, o sucesso de todo esse processo de distribuição de sangue no Estado depende, antes de tudo, da solidariedade dos doadores. Esse gesto assegura que cada bolsa de sangue chegue ao paciente que precisa, seja em situações de emergência, cirurgias ou tratamentos contínuos. Em um sistema tão delicado, a contribuição de cada indivíduo é fundamental. O espírito de colaboração da população é a verdadeira força que mantém a vida circulando, literalmente, por todo o Estado.

Kamilla Ratier, Comunicação SES
Foto de capa: Bruno Rezende/Secom
Internas: Kamilla Ratier

Saúde

Especialista da SES alerta para câncer de intestino: rastreamento deve começar aos 45 anos

Em artigo publicado no jornal O Globo, a médica que integra o time de assessoria técnica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Eduarda Tebet, destacou a necessidade de antecipar para os 45 anos o início dos exames de rastreamento do câncer de intestino. A publicação, veiculada na  última segunda-feira (24), alerta para a importância do Março Azul, mês de conscientização sobre o tema.

Integrante da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e coordenadora da campanha nacional Março Azul, Tebet enfatiza que a medida segue diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde) e pode salvar vidas ao reduzir a mortalidade associada à doença, que está entre as principais causas de óbito por câncer no Brasil.

O câncer de intestino, designado colorretal – que afeta o intestino grosso e o reto – está diretamente relacionado a fatores de risco como obesidade, alimentação inadequada e sedentarismo. No artigo, assinado também pelo médico Marcelo Averbach, especialista da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e coordenador da mesma campanha, os especialistas alertam que a doença tem “uma relação direta com o que comemos e o quanto nos movimentamos”. O texto ainda enfatiza que “se detectado cedo, o câncer de intestino tem mais de 90% de chance de cura. ”

Além do diagnóstico precoce, Tebet defende a mudança de hábitos da população, especialmente na alimentação e na prática de atividades físicas, como forma de prevenção. Os especialistas também destacam a importância de fortalecer as campanhas de conscientização sobre hábitos saudáveis, como um meio eficaz de combater a doença.

Segundo os autores, o Brasil tem registrado um aumento na incidência desse tipo de câncer, o que reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção.

A recomendação para iniciar o rastreamento aos 45 anos segue um movimento internacional de antecipação da triagem, diante do envelhecimento populacional e do impacto crescente da doença na saúde pública. Para Tebet, essa mudança pode representar um avanço decisivo na redução dos casos avançados e no sucesso do tratamento, disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul e em todo o País.

Saúde

Acolhe Saúde 2025: programação traz experiências e estratégias para os desafios do SUS em MS

Com uma programação abrangente e estratégica, o evento Acolhe Saúde acontece de 25 a 27 de fevereiro em Campo Grande, reunindo gestores municipais, gestores e técnicos da SES (Secretaria de Estado de Saúde) para discutir os principais desafios e oportunidades da saúde pública. O encontro abordará temas como judicialização, financiamento, planejamento regional, regulação e saúde digital, oferecendo ferramentas essenciais para fortalecer a administração do SUS (Sistema Único de Saúde) no estado.

Entre os destaques da programação, estão painéis sobre gestão de contratos, auditoria como instrumento de governança e redes de atenção à saúde. Além disso, especialistas e autoridades do setor compartilharão experiências e estratégias para aprimorar o atendimento à população.

Evento será realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo.

No local, dois estandes da SES estarão disponíveis para oferecer atendimento individualizado aos gestores municipais. Técnicos especializados prestarão suporte sobre temas como arboviroses, atenção hospitalar, saúde digital e atenção primária à saúde, auxiliando na resolução de demandas específicas de cada município.

Outras instituições também terão espaços dedicados para apoio aos gestores, incluindo Cosems-MS (Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de MS), Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena de MS), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e Ministério da Saúde.

“Preparamos uma programação detalhada e estratégica para oferecer aos gestores, com atenção especial àqueles que assumem a saúde de seus municípios pela primeira vez, informações essenciais para uma gestão eficaz. Este evento marca o início de um diálogo contínuo entre as equipes, fortalecendo o suporte, o monitoramento e o acompanhamento que forneceremos durante a gestão”, explica a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.

Construindo o futuro da Saúde em MS

Neste ano, o evento que tradicionalmente é realizado pelo Cosems para receber e orientar os novos secretários de saúde ganhou o reforço da SES, com a participação do Governo do Estado. Com o tema ‘Acolhe Saúde – Construindo o futuro da Saúde em MS’, terá início às 12h da próxima terça-feira (25), com o credenciamento dos participantes.

A partir das 13h, representantes do Conasems, Conass e SES discutirão as oportunidades e desafios da gestão no SUS. Em seguida, às 14h, Ana Estela Haddad, do Ministério da Saúde, ministrará palestra sobre Saúde Digital no Brasil. Às 15h, uma mesa-redonda abordará os desafios da atenção primária e os processos de planificação em saúde.

A cerimônia de abertura do evento está marcada para as 18h30 e deverá contar com a presença do governador Eduardo Riedel, do secretário de Estado de Saúde e de autoridades de todos os municípios do Estado.

Confira a programação completa clicando aqui.

Danúbia Burema, Comunicação SES

Saúde

Secretaria de Saúde inicia distribuição de testes rápidos de dengue para os 79 municípios de MS

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) iniciou quarta-feira (12) a distribuição de testes rápidos para diagnóstico de dengue aos 79 municípios do estado. Neste primeiro momento, o Ministério da Saúde enviou ao estado o total de 41.775 unidades do teste NS1, sendo que 36.000 unidades já foram encaminhadas aos municípios, enquanto 5.775 permanecem em estoque para emergências.

O trabalho de distribuição dos testes foi baseado em critérios epidemiológicos, incluindo a quantidade de casos notificados de dengue, o envio de amostras ao Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul), o LIRAa/LIA (Levantamento de Índices do Aedes aegypti) e a população de cada município.

Municípios com maior número de casos ou maior população receberam uma quantidade proporcionalmente maior de testes rápidos.

“A distribuição da remessa de testes rápidos de dengue para todos os municípios já começou e está sendo realizada pela gerência de Doenças Endêmicas, da coordenadoria de Vigilância Epidemiológica. Estamos contando com o apoio logístico da LIM (Logística Inteligente de Medicamentos), que nos permite seguir um cronograma mensal de entregas, com o objetivo de garantir que todos os 79 municípios recebam os testes de forma eficiente e oportuna. Esse trabalho coordenado é fundamental para fortalecer a resposta ao controle da dengue no estado e oferecer apoio rápido para o diagnóstico, especialmente em áreas mais vulneráveis”, afirmou a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener.

Os testes rápidos de dengue, que auxiliam na triagem de casos, serão utilizados de forma complementar a outros exames diagnósticos, como o RT-PCR e a sorologia por ELISA, principalmente em casos graves e para grupos prioritários, como gestantes, crianças, idosos e imunocomprometidos.

A SES também recomenda que todas as amostras de casos suspeitos sejam enviadas ao Lacen/MS para confirmação diagnóstica.

Além da distribuição, a SES reforça que todos os casos suspeitos de dengue devem ser notificados, independentemente dos resultados dos testes rápidos. O objetivo é garantir o controle e a vigilância efetiva da doença no estado, com um fluxo de distribuição e controle bem estruturado.

Kamilla Ratier, Comunicação SES
Foto: Divulgação LIM

Saúde

MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila’ ultrapassa 64 mil atendimentos com consultas, exames e cirurgias

O Governo de Mato Grosso od Sul, por intermédio da SES (Secretaria de Estado de Saúde) com o programa ‘MS Saúde – Mais Saúde, Menos Filas’, já ultrapassou a marca de 64,3 mil atendimentos. Com foco na redução das filas para cirurgias eletivas, exames e consultas, a iniciativa está garantindo o acesso a serviços essenciais, muitos deles aguardados há anos.

Segundo dados dos municípios executores, desde a implantação em 2023 e até o final de janeiro deste ano já foram realizados mais de 33,5 mil exames – só em ressonâncias magnéticas, foram 14,3 mil procedimentos – e 30,7 mil cirurgias, atendendo uma demanda reprimida histórica e promovendo um novo capítulo na vida de milhares de sul-mato-grossenses.

Secretário de Saúde acompanha atendimento a pacientes em Fátima do Sul.

Dentre os procedimentos especializados, foram realizadas 9.164 tomografias computadorizadas, 3.146 ultrassonografias, 2.159 cateterismos cardíacos, 851 colonoscopias e 717 ecocardiogramas.

Lançado em maio de 2023, o ‘MS Saúde – Mais Saúde, Menos Filas’ foi implantado para atender à demanda reprimida, levando consultas, exames e cirurgias à população dos 79 municípios do Mato Grosso do Sul.

“Cada exame, consulta e cirurgia realizados representam uma vida que ganha novas oportunidades, uma família que encontra alívio e esperança. Nosso compromisso é levar saúde de qualidade, com agilidade e humanidade, a todas as regiões do Estado, aproximando o atendimento de quem mais precisa”, destaca a superintendente de Gestão Estratégica da SES e coordenadora do programa MS Saúde, Maria Angélica Benetasso.

Danúbia Burema, Comunicação SES

Saúde

Governo de MS lança programa e repassa recursos para municípios garantirem vacinação contra a dengue

Com o objetivo de fortalecer a imunização e prevenir casos graves de dengue no estado, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), lançou a campanha “MS Vacina Mais – Dengue”.

A iniciativa inclui o repasse de incentivo financeiro provisório aos municípios, a ser utilizado na intensificação das ações de vacinação, com foco no público-alvo de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

A campanha, que ocorrerá entre os dias 27 de janeiro e 25 de fevereiro, visa melhorar os índices de cobertura vacinal, que atualmente não atingem a meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde. Os municípios receberão os recursos em duas parcelas, sendo a primeira destinada à organização das atividades e a segunda vinculada ao desempenho alcançado durante a campanha. Os valores repassados variam entre R$ 50 mil e R$ 120 mil, de acordo com a população-alvo de cada município.

Conforme a programação local, as salas de vacina dos municípios poderão funcionar em horários estendidos e também aos sábados, nos locais onde for necessário para atender a procura, a fim de facilitar o acesso da população.

“Estamos mobilizando esforços junto aos municípios para garantir que a vacina contra a dengue chegue à população que mais precisa. A meta de 90% é ambiciosa, mas necessária para prevenir hospitalizações e óbitos,” destacou Frederico de Moraes, gerente de imunização da SES.

A campanha também inclui ações ampliadas, como divulgação em mídias locais e busca ativa de pessoas não vacinadas com encaminhamento à sala de vacina.

Os municípios irão preparar e apresentar um cronograma detalhado, de acordo com a realidade local, das atividades à SES para validação pela área técnica e liberação dos recursos.

O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, reforçou que a vacinação contra a dengue é uma medida adicional ao controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti. “A combinação de estratégias é fundamental para reduzir a incidência da doença e evitar perdas humanas e econômicas”, afirmou.

Além da ampliação da cobertura vacinal, a SES acompanhará de perto o desempenho das ações nos municípios, com base nos dados consolidados pelo Boletim Epidemiológico da Dengue.

Danúbia Burema, Comunicação SES
Foto: Álvaro Rezende/Secom

Saúde

Janeiro Roxo: SES intensifica combate à hanseníase e reforça o diagnóstico precoce

Janeiro é marcado pelo movimento Janeiro Roxo, campanha nacional dedicada à luta contra a hanseníase, com o objetivo de alertar a população sobre os sinais e sintomas da doença, bem como desmistificar o preconceito que ainda a cerca. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) reforça, neste mês, a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para garantir uma vida saudável e sem risco de transmissão.

O Programa Estadual de Controle da Hanseníase, desenvolvido pela secretaria, realiza a capacitação das equipes de saúde municipais para identificar, diagnosticar e tratar a hanseníase. Além disso, incentiva atividades comunitárias para eliminar o estigma e fortalecer os direitos das pessoas acometidas pela doença.

“A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para interromper a transmissão e evitar as sequelas da hanseníase”, ressalta a gerente técnica do Programa Estadual de Hanseníase, Laryssa Almeida de Brito Ribeiro.

Em apoio à campanha Janeiro Roxo, a SES realiza ações junto aos municípios para monitorar e realizar exames em pessoas que têm contato próximo e prolongado com pacientes diagnosticados com a doença. O exame de contato é essencial para interromper a cadeia de transmissão, especialmente nas fases iniciais, quando a doença pode ser controlada com mais facilidade.

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que os contatos domiciliares e sociais sejam avaliados anualmente para possíveis sinais da doença, podendo ser acompanhados por um período de até cinco anos. A SES, em parceria com hospitais como o São Julião, disponibiliza testes rápidos para auxiliar no diagnóstico. No próximo sábado (25), o hospital fará exames de contato para pacientes previamente cadastrados, que convivem ou conviveram com casos notificados da doença.

Com o objetivo de continuar promovendo o acesso à saúde e garantindo a qualidade de vida dos cidadãos, a SES/MS segue com a oferta de tratamento gratuito de Poliquimioterapia pelo SUS, que tem sido um pilar importante no controle da hanseníase no estado.

Casos em MS

De acordo com o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), Mato Grosso do Sul registrou 324 casos novos de hanseníase em 2024. A atuação focada no diagnóstico precoce e no acesso ao tratamento gratuito pelo SUS tem sido um diferencial importante na abordagem da doença no Estado.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta os nervos periféricos e pode levar à perda de sensibilidade ao calor, frio, tato e dor, deixando os indivíduos vulneráveis a machucados que podem passar despercebidos. No entanto, a doença tem cura e, com o tratamento correto, o paciente pode levar uma vida normal, sem sequelas.

Conheça os sinais e sintomas da hanseníase

– Manchas na pele com alteração de sensibilidade (quente/frio/tato);

– Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas;

– Diminuição da força muscular em mãos, pés e face;

– Dormência ou dor nos nervos, podendo afetar órgãos internos.

Detecção precoce

O diagnóstico é clínico, feito por médico ou equipe multidisciplinar, e, caso o exame confirme a presença da doença, é essencial que as pessoas próximas também sejam avaliadas. O tratamento da hanseníase é gratuito no SUS e consiste no uso da Poliquimioterapia, que deve ser seguido rigorosamente para evitar complicações e sequelas. O apoio e a orientação para os pacientes, além do acompanhamento contínuo, são essenciais para garantir a cura e prevenir a transmissão.

Em caso de sinais ou sintomas, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima para realização de exames e início do tratamento. Durante o Janeiro Roxo, a SES reitera o convite à população para se informar sobre a doença, buscar diagnóstico e tratamento e ajudar a combater o estigma. A hanseníase tem cura e, com o devido tratamento, as pessoas acometidas podem levar uma vida saudável e sem limitações.

Danúbia Burema, Comunicação SES

Saúde

Maior controle da tuberculose dentro e fora das prisões faz de MS referência nacional

Mato Grosso do Sul celebra um marco histórico no combate à tuberculose nas unidades prisionais. O projeto “Estratégias de Controle da Tuberculose nas prisões” –  uma parceria entre a Agepen/MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), SES (Secretaria Estadual de Saúde), Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e instituições internacionais como a Universidade de Stanford – realizou mais de 13 mil atendimentos aos reeducandos da capital nos últimos dois anos, detectando e tratando 473 casos da doença.

Essa iniciativa inovadora, que existe há mais de uma década em Mato Grosso do Sul, vem transformando a forma como a tuberculose é enfrentada nos presídios da capital e busca a identificação de estratégias de busca ativa e rastreamento de contatos para controle da tuberculose nas prisões brasileiras.

De acordo com uma das coordenadoras do projeto, a médica infectologista Mariana Croda, o trabalho contribuiu para o estado ter reconhecimento pelo Ministério da Saúde, nos índices de controle e tratamento da tuberculose na população em geral. “Ter essa atenção específica à população carcerária beneficia a comunidade como um todo, diminuindo a transmissão da doença para a comunidade”, explica a infectologista, que está à frente do projeto juntamente com o infectologista Júlio Croda e equipe.

Conforme Mariana, por conta desse destaque, o estado recebe visitas de outras secretarias penitenciárias do país para conhecer de perto o funcionamento do projeto. O trabalho consiste na triagem em massa de toda a população carcerária das unidades penais atendidas, com o preenchimento de questionário preliminar, coleta de escarro e exames de raio-X.

Triagem é realizada quando o internos dão entrada ao presídio.

Uma medida importante é que a triagem acontece na porta de entrada, assim que um interno chega à unidade e, também a cada quatro meses, independente de sintomas ou não. Por se tratar de uma doença de fácil transmissão, o foco é promover a conscientização, principalmente no que se refere aos sintomas e formas de tratamento.

Pesquisa inédita realizada pela Fiocruz em parceria com instituições da Argentina, Brasil, Colômbia, Peru e Estados Unidos, foi divulgada em outubro do ano passado, e revela que o encarceramento é o principal fator de risco da tuberculose na América Latina. “Por isso, a atenção específica a essa população é a nossa prioridade”, destaca a médica.

A SES disponibiliza a equipe técnica da Vigilância em Saúde para auxílio de rastreio de casos e também o parque tecnológico do Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) para o desenvolvimento de pesquisa.

“Temos ainda o apoio do laboratório da UFMS e cerca de 40 profissionais de saúde envolvidos, que formam uma equipe multiprofissional, para dar andamento às atividades”, explica a coordenadora de campo da equipe, Alessandra Moura da Silva.

O projeto é de aceitação voluntária e o tratamento é oferecido, com a entrega de medicação mensalmente.

Dentre os diferenciais, está a busca ativa não só do sintomático e sim da triagem de todos precocemente. Além disso, o fluxo de atendimentos também foi aprimorado, sem demandar escoltas e corpo de segurança. “Ter o aparelho móvel fez toda a diferença e nos permitiu ampliar os atendimentos em outras unidades penais”, explica Alessandra.

Educação e Prevenção

Agora o grande desafio é o treinamento dos reeducandos, assim como já foi concluído com os profissionais de saúde das unidades penais envolvidas. “Montamos um comitê comunitário e a gente ouve os internos e a proposta é fazer uma educação em saúde para eles, esta será uma medida inovadora que vamos iniciar este ano”, revela dra Mariana.

Treinamento preventivo é ofertado a servidores e internos.

Para a chefe da Divisão de Assistência à Saúde Prisional da Agepen, Rita Luciana Domingues da Silva, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para reduzir os índices de incidência da doença nos presídios. “Tratar a tuberculose na população prisional não é apenas uma questão de saúde pública, mas também de direitos humanos. Garantir assistência médica adequada demonstra o compromisso do Estado com a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas, independentemente de sua situação jurídica”, afirma.

Atualmente, o projeto é realidade em todas as unidades penais do Complexo do Jardim Noroeste e, desde agosto do ano passado, vem sendo desenvolvido em todo o Complexo das Gameleiras, Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual e Patronato Penitenciário de Campo Grande. Anteriormente, o projeto também aconteceu na Penitenciária Estadual de Dourados.

“Desta forma, fechamos o ciclo sem interromper o tratamento. Inclusive, com apoio da Secretaria de Saúde do Município, se for preciso, eles vão até a casa do paciente. O sucesso do trabalho é graças à integração de diferentes instituições, todos trabalhando de forma muito afinada e é muito importante a continuidade desse trabalho, para controlar a incidência da tuberculose nas unidades prisionais do estado”, reforçou a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves.

Também participou da entrega do relatório de atividades o médico infectologista José Bampi, que realiza acompanhamento dos internos e a assessora da DAP, Maridiane Coutinho Echevarria.

Medicos entregaram relatório à equipe da DAp/Agepen.
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