A busca por soluções que aliem desenvolvimento e preservação ambiental tem pautado as ações do setor de saneamento em Mato Grosso do Sul, especialmente durante a Semana do Meio Ambiente. Além dos projetos voltados à ampliação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário, a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) se destaca com investimentos em energia solar e na expansão dos serviços.
Atualmente, são mais de 11,813 bilhões de litros de água produzidos e tratados por mês, volume que demonstra a dimensão do trabalho realizado para garantir água de qualidade à população sul-mato-grossense.
A geração de energia solar também vem se consolidando como uma solução eficiente, capaz de unir economia e responsabilidade ambiental. Desde setembro de 2024, quando as usinas solares começaram a operar, a Sanesul já economizou mais de R$ 4,1 milhões na conta de energia elétrica, contribuindo para uma operação mais sustentável e menos dependente de fontes tradicionais.
Com capacidade instalada de 5,5 megawatts-pico (MWp), as unidades solares geram, em média, 1 milhão de quilowatt-hora (kWh) por mês, volume suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 10 mil residências.
Atualmente, essa produção representa 15% do consumo total da empresa, segundo o gerente de Desenvolvimento Operacional, Elthon Santos Teixeira.
“É um projeto que fortalece nosso compromisso ambiental e traz ganhos diretos, tanto na redução dos custos operacionais quanto na contribuição para um futuro mais sustentável”, explica Elthon.
Saneamento e preservação de mãos dadas
Para o diretor de Engenharia e Meio Ambiente, Leopoldo Godoy do Espírito Santo, investir em energia renovável amplia o papel da Sanesul na preservação ambiental e na eficiência dos serviços prestados.
“O saneamento já é, por natureza, uma atividade que protege o meio ambiente. Ao associar isso à geração de energia limpa, damos um passo ainda maior em direção a processos mais modernos, sustentáveis e alinhados com as exigências ambientais”, afirma Leopoldo.
A energia gerada hoje atende praticamente todas as unidades da Sanesul em baixa tensão, ampliando os resultados operacionais e os benefícios ambientais.
Novas alternativas
Além da energia solar, a empresa estuda novas alternativas para ampliar sua eficiência energética, incluindo a migração para o mercado livre de energia nas unidades de média e alta tensão, o que pode gerar economia adicional de até 30%.
Durante a Semana do Meio Ambiente, a companhia mantém o compromisso de priorizar ações que combinem desenvolvimento, sustentabilidade e responsabilidade social, além de continuar expandindo as obras de água e esgoto que garantem mais qualidade de vida para a população sul-mato-grossense.
Campanha que estava restrita ao grupo prioritário foi ampliada para toda a população e segue com atendimento em diversas unidades de saúde, mas baixo índice de imunização entre idosos, gestantes e crianças gera preocupação
Vacinação contra Influenza continua a todo vapor nas unidades de saúde de Dourados, mas no final de semana será apenas no PAM. Foto: A. Frota
A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que mais de 55 mil pessoas já foram vacinadas contra a Influenza no município desde 1º de abril, início da campanha de imunização. Ao todo, 55.318 doses já foram aplicadas, resultado do esforço das equipes de saúde em ampliar a proteção da população contra o vírus da gripe.
Seguindo orientação do Ministério da Saúde, a vacinação foi ampliada para toda a população a partir dos seis meses de idade, não sendo mais restrita apenas aos grupos prioritários. A medida tem como objetivo reduzir os casos graves e internações por doenças respiratórias, especialmente durante o outono e o inverno.
A vacina está disponível de forma gratuita em todas as unidades de saúde de Dourados, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h. As UBS da Seleta e do Jardim Santo André atendem das 7h às 11h e das 13h às 22h, de segunda a sexta-feira. As unidades de saúde do Jóquei Clube, Ildefonso Pedroso, Jardim Maracanã e Parque do Lago II, atendem das 7h às 19h, ininterruptamente, de segunda a sexta-feira. O Pronto Atendimento Médico (PAM) atende das 6h às 18h nos dias de semana. Já aos fins de semana, a vacinação continua no PAM, das 7h às 17h.
Até o momento, Dourados já recebeu um total de 93.220 doses da vacina contra a Influenza. A mais recente remessa, com 50.220 doses, foi entregue no dia 16 deste mês. Atualmente, o Núcleo de Imunização conta com um estoque de 22.460 doses, sem considerar as que já estão distribuídas nas unidades básicas de saúde para atendimento direto à população.
A cobertura vacinal entre os grupos prioritários (gestantes, idosos e crianças) está em 39,12%, índice que ainda pode melhorar com a adesão da população. O secretário de saúde, Márcio Figueiredo, reforça a importância da imunização como forma de prevenção. “A vacina é segura, eficaz e essencial para evitar complicações respiratórias graves, internações e até óbitos. É fundamental que a população busque os pontos de vacinação e faça sua parte pela saúde coletiva”, destacou.
A Prefeitura de Dourados reforça o compromisso com a saúde pública e convida toda a população a participar da campanha. Para se vacinar, é necessário apresentar documento com foto e, se possível, a caderneta de vacinação.
A Subsecretaria de Políticas Públicas para Assuntos Comunitários, vinculada à Secretaria de Estado da Cidadania, promove, de 5 a 7 de junho, em Dourados (MS), mais uma edição do Programa Perifeirarte. A iniciativa valoriza o protagonismo das comunidades e promove o fortalecimento das lideranças locais por meio da formação continuada, oficinas, palestras e atividades culturais.
Com uma programação que se estende por três dias, o Curso de Formação Continuada para Lideranças Comunitárias será realizado no Anfiteatro da Prefeitura Municipal de Dourados, com início na quinta-feira (5), às 18h30, na cerimônia de abertura que contará com a presença do subsecretário de Políticas Públicas para Assuntos Comunitários, Jairo Luiz da Silva, representantes da Prefeitura Municipal e do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Antônio Freire.
Após a formação, público recebe certificado pela participação. (Foto: Divulgação/SEC)
A programação inclui palestras sobre temas essenciais para o fortalecimento e a formalização de entidades comunitárias, como a regularização documental, formação e registro em cartório, agricultura urbana e periurbana, além de temas práticos como vigilância sanitária, cooperativismo, associativismo e estratégias de marketing para organizações comunitárias.
“O Programa Perifeirarte reafirma o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento das comunidades periféricas, promovendo cidadania, inclusão, desenvolvimento sustentável e valorização da diversidade cultural”, ressalta o subsecretário de Políticas Públicas para Assuntos Comunitários e idealizador do programa, Jairo Luiz Silva.
Além da formação técnica, o evento contempla também ações de engajamento comunitário e valorização da cultura local. No sábado (7), às 9h30, será realizada a ação ECOmunitário, com o plantio de árvores no Bosque da Feira João Totó Câmara, promovendo conscientização ambiental e mobilização cidadã. No mesmo local, a partir das 18h, a comunidade poderá prestigiar as Atividades Culturais do Programa Perifeirarte – Arena Comunitária, com apresentações artísticas e culturais na Feira João Totó Câmara, no Jardim Água Boa.
Programa inclui conversa com lideranças comunitárias em cada região por onde passa. (Foto: Divulgação/SEC)
Para se inscrever, basta preencher o formulário clicando no link.
Cronograma
Ação ECOmunitário também leva plantio de mudas. (Foto: Divulgação/SEC)
5 de Junho (Quinta-feira)
Local: Anfiteatro da Prefeitura Municipal – Rua Coronel Ponciano, 1700 Parque dos Jequitibás
18h30 – Abertura – Jairo Luiz da Silva – Subsecretário de Estado de Políticas Públicas para Assuntos comunitários, representante da Prefeitura Municipal e Antônio Freire – Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação
19h – Palestra 1 “Regularização da documentação das entidades comunitárias”- Palestrante: Delson Luiz Lazzarini – Técnico em Contabilidade
19h40 – Palestra 2 “Formação de entidades comunitárias e o registro em cartório” – Palestrante: Cartório
20h20 – Palestra 3 “Agricultura Urbana e Periurbana” – Palestrante: Eder Milton Vasques – Coordenador de Cooperativismo, Crédito e Acesso a Mercados – SEAF/SEMADESC de Mato Grosso do Sul. Técnico em agropecuária e acadêmico de Engenharia Ambiental e Sanitária.
6 de Junho (Sexta-feira)
18h30 – Palestra 4 – “Vigilância Sanitária, Práticas e Postura” – Palestrante: SENAR MS
19h30 – Palestra 5 – “Cooperativismo, Associativismo e Marketing” – Palestrante: SICOOB
7 de Junho (Sábado)
9h30 – ECOmunitário – Ação de plantio de árvores – Local: Bosque da Feira João Totó Câmara
18h – Atividades Culturais do Programa PERIFEIRARTE Arena Comunitária na Feira João Totó Câmara – rua Cafelândia – Jd. Água Boa.
Repartições públicas municipais estarão fechadas nos dias 1º e 2 de maio; serviços essenciais seguem funcionando
Repartições públicas não abrirão na sexta-feira, 2 de maio; serviços essenciais funcionarão normalmente no feriado
A Prefeitura de Dourados informa que, em razão do feriado nacional de 1º de maio – Dia do Trabalhador, será ponto facultativo nas repartições públicas municipais também na sexta-feira, dia 2. A decisão foi oficializada por meio de decreto assinado pelo prefeito Marçal Filho e segue o calendário de feriados e datas comemorativas do município.
Durante os dois dias, os serviços considerados essenciais, como saúde, segurança pública e coleta de lixo, continuarão funcionando normalmente, com equipes de plantão para garantir o atendimento à população, bem como a Secretaria de Serviços Urbanos e a Defesa Civil.
A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) atenderá normalmente neste feriado e a Unidade Básica de Saúde – Seleta, localizada no Jardim Flórida, dará suporte a rede das 7h às 22h. O PAM (Pronto Atendimento Médico) também permanecerá aberto para retirada de medicamentos e aplicação da vacina contra a Influenza e Covid-19 para os grupos prioritários, das 7h às 17h.
Já a coleta de lixo domiciliar será realizada normalmente no feriado, sem interrupção.
Comércio, bancos e serviços privados
O comércio de rua estará fechado apenas na quinta-feira (01), funcionando normalmente na sexta-feira (02). Os grandes supermercados não têm obrigatoriedade de fechamento no feriado e podem operar conforme decisão própria. Já o shopping center da cidade funcionará na quinta-feira em horário especial: praça de alimentação das 11h às 22h e lojas das 13h às 20h. Na sexta-feira, o funcionamento será normalizado.
As agências bancárias não abrirão na quinta-feira (01) para atendimento presencial. Compensações como TEDs também não serão efetivadas. O PIX, no entanto, continuará operando normalmente. O atendimento bancário será retomado na sexta-feira.
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul também decretou ponto facultativo para a sexta-feira (02), mantendo apenas os serviços essenciais em funcionamento.
Suspensão da pesca visa garantir o repovoamento do lago para assegurar o sucesso da pesca durante os quatro dias da festa
A partir desta segunda-feira, até a véspera do início da Festa da Páscoa, a pescaria está suspensa no lago do Parque Antenor Martins. Foto: Arquivo/Assecom
Para garantir a disponibilidade de peixes durante a 1ª Festa da Páscoa, que acontece de 17 a 20 de abril, a partir desta segunda-feira (07) até o dia 16, véspera da abertura do evento, está proibida a pesca no lago do Parque Antenor Martins, no Grande Flórida, local da festa.
Nos dias que antecedem o início da festa, a prefeitura fará o repovoamento do lago do Parque Antenor Martins, de modo a garantir o sucesso da pesca durante os quatro dias do evento. Toneladas de peixe serão colocadas no lago para que todos tenham oportunidade de levar um exemplar para casa.
A pesca no lago do Parque, uma das atividades mais aguardadas pela população, será aberta ao público, que, no entanto, deverá observar algumas regras definidas pela Secretaria Municipal de Agricultura Familiar (Semaf), responsável pela coordenação geral da Festa.
Para que a pesca ocorra com tranquilidade e dentro dos padrões ambientais exigidos pela legislação, a Semaf destaca que normas precisarão ser seguidas por toda a população, entre as quais estão a proibição do uso de qualquer tipo de apetrecho e limitação de três exemplares por pescador.
No dia 17 de abril, das 7h às 17h, a pesca será permitida para pessoas com deficiência e idosos, além de crianças até 12 anos, acompanhadas pelos pais ou responsáveis. Nos dias 18, 19 e 20, das 7h às 17h, será permitida a pesca para a população em geral.
A Prefeitura de Dourados segue realizando várias intervenções no interior e também na área externa do Parque, para que tudo esteja em perfeitas condições para receber o público que for participar da 1ª Festa da Páscoa, conforme orientação do prefeito Marçal Filho.
A FESTA
A 1ª Festa do Páscoa é uma realização da Prefeitura de Dourados, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura. Haverá uma megaestrutura para abrigar praças de alimentação, restaurantes, quiosques, praça de artesanato, área de lazer com brinquedos infláveis para crianças, apresentações culturais, shows com artistas locais e nacionais, além de sorteio de milhares de ovos de Páscoa entre as crianças.
Programa Vigiar acompanha os impactos da poluição atmosférica por meio do cruzamento de dados e informações para ações estratégicas de proteção principalmente às populações mais vulneráveis
No Mato Grosso do Sul, fatores como queimadas, incêndios florestais e o aumento da frota veicular contribuem para a emissão de poluentes atmosféricos, resultando na exposição humana com efeitos diretos e indiretos na saúde, meio ambiente e oferta de serviços de saúde.
A qualidade do ar, além de ser uma preocupação ambiental, reflete diretamente nos números do SUS (Sistema Único de Saúde). O aumento das consultas médicas, internações hospitalares e o uso intensivo de medicamentos e equipamentos hospitalares estão entre os reflexos da degradação do ar.
Para enfrentar esse desafio, o Governo do Estado, por meio da Vigiar (Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos), tem monitorado de perto os efeitos da poluição e implementado estratégias para proteger a saúde dos sul-mato-grossenses.
A exposição constante a poluentes como a fumaça das queimadas, gases industriais e poluição veicular pode desencadear uma série de doenças respiratórias e cardiovasculares, além de problemas de saúde mental e dermatológicos.
A população mais vulnerável a esses efeitos são as crianças, os idosos e as pessoas com comorbidades, como doenças pulmonares crônicas e problemas cardíacos.
“O impacto da poluição atmosférica na saúde da população sul-mato-grossense exige uma abordagem científica e integrada. O programa Vigiar tem sido fundamental para identificar padrões de exposição e correlacionar os efeitos dos poluentes com o aumento da demanda por atendimentos de saúde”, explica o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica, Karyston Adriel Machado da Costa.
Responsável pelo projeto, a gerente do Vigiar, Lígia Lechner da Silva Domingos, revela que a estratégia denominada Unidade Sentinela permite um monitoramento detalhado das doenças respiratórias em áreas críticas, possibilitando respostas mais rápidas e assertivas. Além disso, a articulação com outras frentes da Vigilância em Saúde, como a Vigidesastres, fortalece a capacidade de mitigação dos impactos das queimadas e demais fontes de poluição.
“A qualidade do ar não é apenas uma questão ambiental, mas um fator determinante para a saúde pública, exigindo medidas preventivas e ações estratégicas baseadas em dados concretos. Nosso compromisso é seguir aprimorando esse monitoramento para garantir que a população tenha acesso a um ambiente mais saudável e a uma assistência em saúde eficiente”, enfatiza ela.
Mapeando os focos de poluição atmosférica
Informações sobre internações hospitalares por doenças respiratórias e dados ambientais, como a presença de fontes fixas de poluentes (indústrias), fontes móveis (frota veicular) e a queima de biomassa (queimadas e incêndios florestais), são analisadas constantemente. Foto: Bruno Rezende.
O programa Vigiar foi criado para identificar as áreas mais afetadas pela poluição atmosférica e, a partir disso, adotar medidas preventivas e de monitoramento. Seu objetivo principal é garantir a proteção da saúde da população exposta a esses poluentes, especialmente em locais com alta concentração de fontes de poluição, como áreas industriais, regiões metropolitanas e zonas com altos índices de queimadas, como o Pantanal.
Para alcançar esse objetivo, o Vigiar faz uso de um conjunto de dados para mapear os focos de poluição e entender como isso impacta a saúde da população. Informações sobre internações hospitalares por doenças respiratórias e dados ambientais, como a presença de fontes fixas de poluentes (indústrias), fontes móveis (frota veicular) e a queima de biomassa (queimadas e incêndios florestais), são analisadas constantemente. Esse monitoramento contínuo permite a identificação precoce de áreas de risco e a implementação de ações mais eficazes de prevenção.
Impactos da poluição no sistema de saúde
Os efeitos da poluição do ar sobre a saúde são amplos e podem ser tanto imediatos quanto de longo prazo. Entre os problemas mais comuns estão as doenças respiratórias, como asma, bronquite e outras doenças pulmonares. Além disso, a exposição contínua a poluentes pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, especialmente em pessoas com histórico de doenças cardíacas. A poluição também pode contribuir para o surgimento de problemas oftálmicos, dermatológicos, gastrointestinais, além de agravar condições de saúde mental, como estresse, ansiedade e depressão.
Análise de dados: internações e atendimentos
Exposição contínua a poluentes pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares (Foto: Bruno Rezende)
A análise dos atendimentos da Atenção Básica à Saúde revela um aumento na demanda por atendimentos individuais em 2024. Dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde e analisados pelo Vigiar apontam que os casos de asma cresceram 13% em MS em relação a 2023, enquanto os atendimentos para bronquite registraram alta de 7%.
Os números indicam que, embora as internações hospitalares não tenham mostrado uma alta expressiva, os serviços de saúde básica têm enfrentado uma crescente demanda, refletindo os impactos da poluição no cotidiano das pessoas. Esses atendimentos são um reflexo de problemas respiratórios agravados pela poluição do ar, especialmente durante o período de queimadas.
Focos de calor: Corumbá e outras áreas de risco
Corumbá está entre os municípios prioritariamente monitorados (Foto: Álvaro Rezende)
Em 2024, os municípios mais afetados pelas queimadas e poluição atmosférica foram prioritariamente monitorados pelo Vigiar. Cidades como Corumbá, Aquidauana, Porto Murtinho, Miranda e Naviraí foram identificadas como as mais impactadas pelos focos de calor, segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Estas áreas têm recebido uma atenção especial do Governo do Estado, que intensificou o monitoramento e as ações de saúde para proteger as populações locais, que são as mais vulneráveis aos efeitos da poluição.
Estratégia de vigilância: unidades sentinelas
Uma das grandes inovações do Vigiar é a Estratégia Unidade Sentinela, que visa monitorar os casos de doenças respiratórias em áreas prioritárias, como regiões industriais, zonas de alto tráfego e locais diretamente impactados pelas queimadas. Esta estratégia possibilita a coleta de dados que muitas vezes não são capturados pelos sistemas tradicionais, permitindo a detecção precoce de casos e a implementação de medidas de controle de forma mais ágil e eficaz.
A Unidade Sentinela contribui para o monitoramento da saúde da população e possibilita a adoção de medidas rápidas para interromper a cadeia de adoecimento. A agilidade nas respostas permite que os gestores de saúde possam intervir de forma mais eficaz e minimizar os danos à saúde pública.
Monitoramento Integrado
Secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa. Foto: Saul Schramm
O trabalho integrado entre o Vigiar e a Vigidesastres, que monitora os riscos de desastres ambientais, tem sido fundamental para coordenar ações de saúde pública e defesa civil durante o período crítico das queimadas. Em julho de 2024, a SES, junto com técnicos do Vigiar e o Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde), acompanhou de perto a situação de saúde em Corumbá, monitorando as internações e notificações relacionadas às queimadas e oferecendo suporte contínuo para a população local.
Além das ações específicas para as doenças respiratórias, o Governo do Estado tem adotado medidas para prevenir surtos de doenças diarreicas, que tendem a aumentar devido à poluição da água e às condições sanitárias precárias durante o período de seca.
“O Vigiar tem se mostrado uma ferramenta essencial na luta contra os efeitos da poluição do ar sobre a saúde pública em Mato Grosso do Sul. Com ações coordenadas, monitoramento contínuo e estratégias como as Unidades Sentinelas, o programa oferece uma resposta eficaz e eficiente para enfrentar os desafios impostos pela poluição atmosférica. Além disso, a integração com outras áreas da saúde, como a Vigidesastres, fortalece a capacidade do Estado de proteger a saúde da população, garantindo que as comunidades mais vulneráveis recebam o suporte necessário para minimizar os impactos da poluição”, avalia o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa. “O monitoramento constante e a rápida resposta são fundamentais para evitar que a saúde da população sul-mato-grossense seja ainda mais comprometida pelos danos causados pela poluição do ar, especialmente após um ano de forte incidência de queimadas no Estado”, finaliza.
Ações integradas têm como intuito a saúde da população sul-mato-grossense. Foto: Saul Schramm
O papa Francisco receberá alta do hospital neste domingo, 23, após 38 dias internado por conta de uma grave pneumonia, informou o diretor médico do hospital Gemelli, Sergio Alfieri, no início da tarde deste sábado, 22.
Segundo Alfieri, Francisco precisará de pelo menos dois meses de descanso e reabilitação enquanto continua a recuperação na Casa Santa Marta, no Vaticano.
“O papa demonstrou colaboração durante todo o tratamento e, se mantiver a evolução positiva, poderá retomar suas atividades em breve”, disse o médico.
A equipe médica afirma que se trata de uma alta “protegida”, o que significa que a recuperação exigirá fisioterapia respiratória e motora, além de suporte diário com oxigênio e acompanhamento médico. “A voz do pontífice deverá retornar gradualmente, conforme esperado nesses casos”, afirmou a Santa Sé.
O pontífice foi internado no hospital Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro, após um episódio de bronquite. Mais tarde, ele desenvolveu um caso grave de pneumonia bilateral.
Papa Francisco foi internado no dia 14 de fevereiro; desde então, esta foi a única imagem do pontífice divulgad
Santa Sé Foto: Divulgação/Vaticano
A notícia da alta foi dada poucas horas depois de o Vaticano anunciar que o líder da Igreja Católica, de 88 anos, vai cumprimentar e abençoar os fiéis neste domingo, em sua primeira aparição pública desde a hospitalização.
Francisco vai acenar aos fiéis antes de retornar ao Vaticano. Ele aparecerá na sacada do hospital ao fim da oração semanal do Angelus, que será publicada de forma escrita, como tem ocorrido nas últimas semanas.
Não será a primeira vez que Francisco fará uma aparição pública do Gemelli: em 11 de julho de 2021, ele rezou a oração do Angelus da varanda de seu apartamento, situado no décimo andar, após uma operação de cólon.
Em junho de 2023, após uma operação de hérnia abdominal, recitou o Angelus no hospital em particular, sem aparecer na varanda. Também o papa João Paulo II recitou o Angelus do Gemelli em várias ocasiões durante seus 26 anos de pontificado (1978-2005), tanto por meio de gravações de áudio quanto com aparições na varanda.
A doença do papa e sua longa hospitalização suscitaram dúvidas sobre quem poderia liderar o apertado programa de atos religiosos antes da Semana Santa, o momento mais sagrado do calendário cristão. O Vaticano declarou nessa semana que ainda não foi tomada nenhuma decisão definitiva a respeito. Francisco é propenso a doenças respiratórias e teve parte de um pulmão removido quando era jovem. / COM AP e AFP
Com ciclos naturais de cheia e seca, o Pantanal também tem a influência do fogo, além da água, em sua história e dinâmica. Mas devido as mudanças climáticas – com altas temperaturas, interferência direta no período de chuvas e acentuação da seca –, os incêndios florestais são intensificados a cada ano.
Mas o fogo tem importância e relevância para o bioma, e por isso existe a necessidade da manutenção de áreas com aplicação de técnicas de manejo integrado e ações preventivas para diminuir a quantidade de biomassa existente na planície, contribuindo para reduzir a probabilidade de ocorrência de grandes incêndios florestais nos próximos meses.
Com 84% da vegetação nativa preservada, o Pantanal sul-mato-grossense é o bioma mais preservado do mundo.
Como parte dessas ações, o Governo do Estado, por meio do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) – ligados a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) –, investe e apoia uma pesquisa científica que tem como missão reunir dados e identificar o comportamento do bioma após o período de incêndios.
Geraldo Damasceno (Foto: Bruno Rezende/Secom)
“O Pantanal é forjado no fogo, por isso tem resiliência a ele. O bioma tem clima bastante sazonal, seco e chuvoso, com o diferencial da cheia, com campos inundáveis. E se houver fogo, está relativamente bem adaptado. No nosso estudo estamos avaliando o que realmente mudou após o fogo. Algumas áreas se recuperam em dois meses”, relatou o doutor em biologia e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Geraldo Damasceno Júnior.
O estudo é realizado desde 2021, como parte do programa Peld (Pesquisas Ecológicas de Longa Duração) do Nefau (Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas), da UFMS.
“A intenção é identificar a melhor época para fazer o manejo, qual o intervalo adequado. No Cerrado é de dois a três meses, mais ou menos, mas no Pantanal ainda não temos essa informação. Muitas coisas mudaram no bioma após o fogo intenso de 2020, e por isso avaliamos a situação no início, meio e fim da estação seca, quais as diferenças em cada período e quando seria ideal fazer a queima de áreas para evitar os grandes incêndios no futuro”, explicou o pesquisador.
Com vegetação sucessível ao fogo, a seca que atinge o bioma e se instala com mais força a cada ano, também é um fator de risco intenso para a ocorrência de incêndios florestais. Por isso, o Governo do Estado realiza trabalho permanente e constante de vigilância e preparação das ações de combate ao fogo em todo o Pantanal sul-mato-grossense.
O CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) mantém bases avançadas ativas, em áreas remotas e de difícil acesso do Pantanal, para facilitar o deslocamento das equipes que atuam no controle e extinção dos incêndios. Além disso, é realizado trabalho educativo nas comunidades locais e ações preventivas em propriedades rurais e parques estaduais.
Toda a preparação considera a questão climática no bioma, com chuvas abaixo da média histórica. Dados do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) apontam déficit de mais de 200 mm, entre os dias 1° de novembro de 2024 e 28 de fevereiro de 2025, em Porto Murtinho e Porto Esperança.
A situação crítica foi ainda pior entre 1° de novembro de 2023 e 29 de fevereiro de 2024 – época do período mais chuvoso –, com déficit de 400 mm nos mesmos locais monitorados.
“O ano de 2024 foi o mais crítico quando comparado a este ano de 2025. Porém, as chuvas estão bem irregulares. E a previsão indica que para os próximos meses as chuvas tendem a ficar abaixo da média histórica”, afirmou a meteorologista e coordenadora do Cemtec, Valesca Fernandes.
A vegetação do Pantanal de Mato Grosso do Sul, e sua regeneração após o período de incêndios florestais, é o objeto de estudo da pesquisa da UFMS com o objetivo de compreender como o fogo e a inundação – ambos típicos do bioma – podem, a longo prazo, determinar a estruturação dos ambientes nas áreas inundáveis do Pantanal.
Desde 2018, o bioma passa por períodos de estiagem cada vez mais longos e adversos, resultado das mudanças climáticas em todo o mundo.
“Com relação à questão das mudanças climáticas, nos últimos anos o Pantanal tem enchido cada vez menos, e estamos num ciclo grande de seca que não ocorria desde a década de 60. Eventualmente ocorrem secas mais extremas, muito fogo, ondas de calor muito fortes que contribuem para que o fogo se alastre mais. O bioma está nesse ciclo de secas, diferente do ciclo desde 1970 até mais ou menos 2015. Estamos com um período mais seco e não sabemos quanto tempo vai durar”, disse o doutor em Ciências e pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal, em Corumbá, Carlos Padovani.
O uso controlado do fogo, como parte das ações de manejo integrado, também faz parte da pesquisa em andamento. O trabalho prevê o desenvolvimento de ações educativas e de queima prescrita, para diminuir a probabilidade de incêndios florestais.
“A gente tem várias ações de pesquisa, e estamos verificando qual que é o efeito que o fogo tem nas diversas paisagens. Trabalhamos nas áreas de campos inundáveis, que são as principais áreas de uso como pasto. Estamos vendo o efeito disso na flora, fauna – répteis, aves, pequenos invertebrados”, explicou Damasceno.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS Foto de capa e galeria 3: Saul Schramm/Secom/Arquivo
Galeria 1: Alexandre Pereira/UFMS
Galeria 2: Álvaro Rezende/Secom/Arquivo
Com mais de 1.200 casos registrados entre 2023 e 2024, Mato Grosso do Sul enfrenta crescimento nos acidentes com abelhas. Em resposta a essa situação, a SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio do Ciatox-MS (Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Mato Grosso do Sul), divulgou nota técnica reforçando a importância da prevenção e do atendimento rápido às vítimas. Campo Grande lidera as notificações, seguida por Três Lagoas e Corumbá, e a média no Estado já ultrapassa um caso por dia.
De acordo com o Ciatox-MS, a maioria dos ataques ocorre devido à presença de enxames em áreas urbanas e rurais, muitas vezes provocados por perturbações involuntárias. O documento alerta que uma única ferroada pode causar reações alérgicas graves, enquanto múltiplas picadas aumentam significativamente o risco de complicações sistêmicas.
O coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica da SES, Karyston Adriel Machado da Costa, explica que a alta incidência de casos exige maior conscientização da população. “As abelhas têm um papel fundamental na natureza, mas podem representar um grande risco à saúde quando se sentem ameaçadas. O objetivo dessa nota técnica é ampliar o conhecimento sobre medidas preventivas e garantir que as pessoas saibam como agir diante de um ataque”, destaca.
Principais recomendações da nota técnica
Entre as orientações do Ciatox-MS, destacam-se:
✅ Evitar perturbar enxames: Não tente remover, capturar ou espantar colmeias por conta própria. Em caso de enxameação em áreas públicas ou propriedades, acione o Corpo de Bombeiros.
✅ Manter a calma em caso de ataque: Evite movimentos bruscos, pois eles podem atrair mais abelhas. Se possível, proteja o rosto e o pescoço com um pano e afaste-se rapidamente.
✅ Cuidado com roupas e perfumes: Cores vibrantes, fragrâncias intensas e sons altos podem atrair enxames e aumentar o risco de ataques.
✅ Atenção ao horário de maior atividade das abelhas: Entre 10h e 15h, com temperaturas mais altas e maior luminosidade, as abelhas estão mais ativas e propensas a reações defensivas.
✅ Importância do atendimento médico imediato: Pessoas alérgicas devem buscar ajuda rapidamente ao serem picadas. Em casos de múltiplas ferroadas, o atendimento deve ser prioritário para evitar complicações.
A SES reforça que, em caso de emergência ou dúvidas, a população pode entrar em contato com os bombeiros 193 e Ciatox-MS pelos telefones 0800-722-6001 ou 3386-8655.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) reforça, nos primeiros dias de Carnaval, a importância da prevenção contra ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), HIV/Aids e hepatites virais. O uso de preservativos, a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) são fundamentais para garantir a saúde dos foliões.
Durante o Carnaval, quando há grande aglomeração de pessoas, o uso de preservativos é essencial para evitar a transmissão de ISTs, HIV/Aids e hepatites virais B e C. O preservativo deve ser utilizado em todas as relações sexuais, seja oral, vaginal ou anal, para garantir a proteção completa.
“Para quem deseja aumentar a proteção contra o HIV, a Profilaxia Pré-Exposição é uma medida eficaz. Ela deve ser iniciada antes da exposição ao risco e é indicada para pessoas HIV-negativas com risco elevado de infecção. O medicamento está disponível nas unidades de saúde do estado”, explica a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Danielle Galindo Martins Tebet.
“Já a Profilaxia Pós-Exposição é uma medida importante para quem teve exposição ao risco, como a falta de uso de preservativo. A PEP deve ser iniciada até 72 horas após a exposição ao HIV e é oferecida nas unidades de saúde 24 horas do estado, com atendimento de urgência”, complementa.
O Carnaval é uma festa de alegria, mas também exige cuidados com a saúde. A proteção é simples e acessível, e a prevenção é o melhor caminho para evitar complicações futuras. Use preservativo, busque orientação sobre PrEP e, em caso de exposição ao risco, procure atendimento para a PEP.
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul reforça que a prevenção é responsabilidade de todos. Para mais informações sobre a PrEP, PEP e onde encontrar preservativos gratuitos, procure as unidades de saúde próximas.
Danúbia Burema, Comunicação SES
Foto: Arquivo/Secom