quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Ação Social

Ecopontos são alternativas para o descarte correto de alguns resíduos

A finalidade é agilizar e dar apoio, recebendo os restos das Podas, Resíduos de Obras, Reformas, Roçadas e limpezas em geral

A Prefeitura de Dourados, por meio da Semsur (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos), mantém três Ecopontos para o descarte correto de alguns resíduos, que não são recolhidos pela coleta de lixo comum.

A finalidade dos Ecopontos é agilizar e dar apoio, recebendo os restos das podas, resíduos de obras, reformas, roçadas e limpezas em geral.

Ecoponto I não está recebendo galhos

O Ecoponto I não está recebendo galhos por conta do término do contrato do picador de galhos. No entanto, os Ecopontos II e III seguem em funcionamento normal.

Os ecopontos em funcionamento em Dourados são:

ECOPONTO I, que fica na rua Bolívar Loureiro Rocha esquina com a Rua Rosa Maria, no Bairro Nossa Srª Aparecida.

ECOPONTO II, na rua Lindalva Marques Ferreira esquina com a Rua Neinaldo Souza de Oliveira, no bairro Parque do Lago II.

ECOPONTO III, na rua Tibre esquina com a Rua Projetada K, no Bairro Vila Roma II.

O horário de funcionamento dos Ecopontos é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 17h. Lembrando que o limite máximo permitido é de 2 m³ por pessoa/dia.

Alguns tipos de resíduos não são recebidos nos ecopontos, que são: resíduos perigosos (pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes), resíduos de serviços de saúde (seringas, agulhas e medicamentos), animais mortos e volumes acima de 2 m³ por dia.

Fonte Assecom Prefeitura de Dourados

Ação Social

VILA SÃO PEDRO: CAMPANHA DO AGASALHO DO ESPORTE CLUBE COOPERATIVA VAI ATÉ A PRÓXIMA SEXTA-FEIRA 09/07

A Campanha do Agasalho, realizada pelo Esporte Clube Cooperativa São Pedro teve início no dia 19/06 e termina na próxima sexta-feira (09). Em Vila São Pedro os pontos de entrega está a cargo da torcida organizada Cooperativa, no Bar do Henrique e na casa do Batata.

Para participar da campanha, basta separar o agasalho, que está esquecido no armário, em boas condições de uso, e procurar a torcida Cooperativa. Sua doação chegará até o Lar do Idoso onde serão doados os agasalhos.

Inverno

O inverno começou em junho e termina em setembro. Esta estação é a mais fria do ano, tem períodos de sol mais curtos e as noites mais longas. E especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste é esperada uma intensa massa de ar frio de origem polar para os próximos dias.

Editor Jamilton Barbosa

Ação Social

Guarda Municipal e entidades levam alimentos e cobertores aos carentes

220 marmitas, roupas e cobertores foram distribuídos durante a ação

O Frio de 7C° não intimidou as equipes da Guarda Municipal de Dourados (GMD) e um grupo de pessoas a ajudarem pessoas em situação de vulnerabilidade. Na quinta-feira a equipe da GM recebeu um pedido especial, dona Euvira ligou informando que ela e seus familiares fizeram pucheiro para doar a quem precisasse de alimento, e pediu ajuda para distribuir as marmitas.

A ação iniciou por volta das 20h, na Comunidade Vitória. 110 marmitas que foram distribuídas, além de 30 cobertores, roupas e blusas de frio. Durante a ação outra ligação nos telefones 153 e 199, feito pela Dona Edina Loureiro, solicitou ajuda para distribuir mais 100 marmitas de sopa.

A equipe da GMD aguardou no local e junto com Dona Edina e os participantes do Projeto Paars – “Alcançando almas e reconstruindo sonhos”, entregaram mais alimentos aos moradores da comunidade que gentilmente retribuíram com muito carinho a ação.

Os participantes do Projeto, Chrystian Duarte, Natália Azevedo, Edilene Amador, Vitória Almeida e Jorge também ajudaram na distribuição das marmitas de sopa.
Ao todo a Guarda Municipal de Dourados já distribuiu as pessoas carentes vulneráveis mais de 100 cobertores, além de ter realizado diversos encaminhamentos a Casa da Acolhida.

Os telefones da GMD, 153 e 199 funcionam 24h onde podem ser repassadas informações e locais dos moradores de rua ou pessoas vulneráveis que uma equipe será encaminhada.

(Foto: Guarda Municipal)
Ação Social

Guarda Municipal realiza entrega de cobertores a moradores de rua

cerca de 25 pessoas receberam as peças e uma foi levada para a Casa da Acolhida

Primeira madrugada de ações do Projeto Noites Frias. Foto: Assecom GMD

A GMD (Guarda Municipal de Dourados) distribuiu cobertores e agasalhos às pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente aos moradores de rua. As ações fazem parte do “Projeto Noites Frias – 2021″, em parceria com a Semas (Secretaria Municipal de Assistência Social), que fez a doação dos cobertores, e da Agehab (Agência Municipal de Habitação), com os agasalhos.

As ações tiveram início na tarde de ontem (28) e na madrugada de segunda para terça-feira, foram atendidas 25 pessoas, recebendo cobertores e agasalhos, mas apenas uma aceitou ir para a Casa da Acolhida.

O Projeto teve início devido a chegada do frio intenso, em que os termômetros registraram mínima de 1°C. De acordo com a comandante da GMD, Liliane Graziele Cespedes de Souza Nascimento, as equipes da Guarda percorreram as ruas da cidade em busca de pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Nós fizemos uma ação de levar os agasalhos para aqueles que em situação de vulnerabilidade e orientamos para que fossem para a Casa da Acolhida, mas entre os abordados, apenas um aceitou”, destaca.

As ações ocorreram em vários bairros, Jd. Flórida, Centro, Cachoeirinha, Jd. Caramuru, Izidro Pedroso, Vila São Francisco e contou com o apoio da população que ligou nos telefones 153 e 199 informando os locais onde se encontravam as pessoas em vulnerabilidade.

Ação Social Eventos

Conselho Tutelar alerta famílias sobre sinais que indicam abuso sexual

 

Os conselhos tutelares de Dourados estão realizando nesta terça-feira (18) uma ação de mobilização para conscientização de famílias sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 18 de maio é a data escolhida para a campanha nacional, em memória ao caso Araceli. Um crime que chocou o país na época. Araceli Crespo era uma menina de apenas 8 anos de idade, que foi violada e violentamente assassinada em Vitória, no Espírito Santo, no dia 18 de maio de 1973. Este crime, apesar de hediondo, ainda segue impune.

 

Segundo a coordenadora do Conselho Tutelar Leste, Janine Matos, com a pandemia da Covid-19 aumentaram os casos de abuso. “As denúncias aumentaram em 20% no período pandêmico, as crianças têm passados mais tempo com acesso a celular, internet e muitas ainda ficam sozinhas, já que as aulas presenciais seguem suspensas e os pais precisam trabalhar”, explicou a conselheira.

 

Denunciar casos de crianças e adolescentes em situações de risco é fundamental. Os conselhos ressaltam a importância do envolvimento de toda sociedade na proteção dos mais vulneráveis. Não é necessário se identificar, basta ligar para um dos conselhos, (67) 98468-6145, (67) 98401-2625 ou ainda pelo disk 100.

Um dos alertas da campanha é para os sinais de abuso que muitas crianças apresentam. São sinais físicos, psicológico e sociais que quando observados podem salvar uma vida. Confira um resumo dos sinais, divulgados pela Child Hood:

  1. Mudanças de comportamento

O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor entre retraimento e extroversão, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico. Essa alteração costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada.

  1. Proximidades excessivas

A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.

  1. Comportamentos infantis repentinos

É importante observar as características de relacionamento social da criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de forma verbal.

  1. Silêncio predominante

Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação com a vítima. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.

  1. Mudanças de hábito súbitas

Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. O sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.

  1. Comportamentos sexuais

Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.

  1. Traumatismos físicos

Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.

  1. Enfermidades psicossomáticas

Unidas aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.

  1. Negligência

Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.

  1. Frequência escolar

Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social.

 

Durante todo o mês de maio a campanha de enfrentamento abordará o tema para que haja destaque acerca do tema. “No maio laranja damos visibilidade ao tema, mas o trabalho acontece o ano todo”, finalizou Janine.

Retrato da pataxó Rutian do Rosário Santos no centro histórico de Salvador Imagem: Raul Spinassé
Ação Social Outras Notícias

Na negra Salvador, indígenas lutam para estudar e criar comunidades urbanas.

 

Estudante de letras e artista visual, Sandy Eduarda, 27, encontrou nos estudos uma forma de resistência. Yacunã, seu nome indígena, é da etnia tuxá, com origem no município de Rodelas, norte da Bahia.

A própria comunidade a incentivou a cursar o ensino superior. “Eu precisava sair para me instrumentalizar com o conhecimento do não indígena e poder ajudar o meu povo na luta pelo território”, explica.

 

O último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que, em 2010, 7.552 indígenas habitavam os 20 subdistritos de Salvador. Parte, como Yacunã, ainda fortemente ligada às aldeias onde brotaram suas raízes. Outros tantos perderam laços com sua gente.

 

 
 

 

Muitos indígenas —conectados às suas origens ou não— residem no bairro da Federação. Além de estarem próximos à universidade, foram atraídos uns pelos outros.

Não há levantamento que demonstre o aumento da concentração de indígenas próximo à universidade, mas é impossível negar que o campus atrai estudantes do sistema de cotas.

Atualmente, segundo dados da própria UFBA (Universidade Federal da Bahia), entre os quase 28 mil estudantes, 205 são indígenas. O desempenho acadêmico desses estudantes é igual ao dos demais. “As cotas cumpriram seu objetivo de democratizar o acesso. Os alunos indígenas têm um bom desempenho”, afirma o pró-reitor de graduação, Penildon Pena.

Os indígenas da área metropolitana de Salvador buscam maneiras de marcar território em meio à capital, onde, segundo o último Censo do IBGE, oito em cada dez pessoas são negras. Para tanto, além dos traços da indumentária, usam as pinturas corporais.

 

 

As dificuldades para que os indígenas se adaptem ao meio urbano são tema da pesquisadora Maria Hilda Paraíso, cientista social e antropóloga da UFBA, para quem uma das formas de tornar essa empreitada menos complicada é o convívio com outros indígenas.

Difícil enfrentar a mudança de hábitos e as formas de relações sociais hierarquizadas. Quando convivem com outros índios isso se torna, digamos, menos doloroso.
Maria Hilda Paraíso, cientista social e antropóloga

Yacunã vivencia dentro da UFBA —e também fora dela— a mesma luta que seu povo enfrenta há mais de 30 anos, desde que a construção de uma barragem expulsou os tuxás da aldeia de origem.

Com o fim da antiga Rodelas, alagada, a aldeia passou a estar em uma área não mais demarcada. Hoje, em Salvador, Yacunã também se sente um peixe fora d’água, como um matrinxã retirado do rio São Francisco, que aliás banha a sua Rodelas.

No Alto das Pombas, comunidade que fica no mesmo bairro da Federação, Yacunã tem dois amores. Lésbica e ativista do movimento LGBTQIA+, um deles é a namorada, Itayná Ranny; o outro é a luta pela aceitação da presença indígena na capital da Bahia.

“É um imaginário muito estereotipado. Falam: ‘Como assim você é indígena? Você está na universidade, você usa calça jeans, você usa tênis’.”

Por causa de sua orientação sexual, outra briga foi conquistar espaço na própria aldeia. “Eu bati o pé e falei: ‘É isso mesmo’. Não abri mão da minha cultura para vivenciar minha sexualidade, sabe?”

Integrante do Coletivo Tibira, primeiro de indígenas LGBTQIA+ do Brasil, concluiu que, na verdade, a LGBTfobia não faz parte da tradição indígena. “Não é um discurso nosso e nem da nossa cultura. É algo que foi imposto pelo branco”, diz.

 

Elevador Lacerda, no centro histórico em Salvador - Raul Spinassé - Raul Spinassé
 
Elevador Lacerda, no centro histórico em Salvador
Imagem: Raul Spinassé

 

Rutian Pataxó: respeito além do horizonte

Depois de séculos de exploração, violência, doenças e escravização, os indígenas seguem lutando por território onde hoje existe uma metrópole com 3 milhões de habitantes. O objetivo de muitos indígenas que vivem em Salvador é buscar formação especializada.

Poucos são tão obstinados nessa missão quanto Rutian do Rosário Santos, 30. Integrante da segunda turma de cotas indígenas da UFBA, moradora de Salvador desde 2008, Rutian Pataxó é formada em economia e hoje estuda direito na mesma universidade.

Para Rutian, que veio de Coroa Vermelha, indígenas precisam estudar e se aprimorar.

Apesar de estar em uma cidade negra, a universidade ainda é de brancos, homens e héteros. Quando cheguei, existia uma barreira invisível entre cotistas e não cotistas.
Rutian Pataxó, estudante

Ela explica que a definição do que seriam indígenas em áreas urbanas é controversa até mesmo dentro do movimento indígena. São os que moram nas cidades e não têm ligação com as aldeias? São os que mantêm laços com as origens e foram morar na cidade? Ou simplesmente os que vivem nas chamadas aldeias urbanas, próximas às metrópoles?

Fusão com africanidade

A luta pela preservação da cultura une a todos e, nisso, a africanidade da primeira capital do Brasil ajuda. Rutian e outros indígenas bebem na fonte da negritude para manter hábitos.

Na região da Cidade Baixa, que margeia a Baía de Todos os Santos, descobriram a Feira de São Joaquim, onde encontram utensílios e ingredientes usados nas religiões de matriz africana, por exemplo. Não encontram a folha da patioba, mas descobriram a da bananeira.

“A gente viu que eles têm uns utensílios de barro e compramos para fazer nossas comidas”, conta.

Apesar de marcada pelas tensões do processo de colonização e escravização, sempre existiu uma troca dinâmica entre negros e indígenas. Com o tempo, as duas culturas exploradas se fundiram, em alguns casos até religiosamente.

“Isso se expressa de forma marcante no ambiente dos candomblés de caboclo”, exemplifica Fabrício Lyrio, especialista em história dos povos indígenas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Na busca por cada vez mais espaço, os indígenas tentam se manter coesos. Por isso, tudo é feito em grupo. “O que mais impressiona na cidade é o egoísmo, a individualidade. O espírito coletivo é uma coisa que a gente aprende dentro de casa. Sempre estamos juntos”, compara Rutian.

Apesar disso, ela não sabe se um dia vai retornar para Coroa Vermelha. “Acho que você precisa colaborar com a luta de onde você estiver.”

 

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com