quinta-feira, 5 de junho de 2025
Informe

Casa da Acolhida opera com capacidade máxima para proteger do frio intenso

Prefeito Marçal Filho esteve no local na manhã mais gelada do ano e destacou trabalho humanizado da equipe que atua no espaço de abrigo provisório sob a coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social de Dourados 

Na manhã mais fria do ano, registrada nesta quinta-feira (29), o prefeito Marçal Filho esteve na Casa da Acolhida Elena Efigênia Pereira, em Dourados, que atualmente funciona com capacidade máxima para proteger do frio intenso aqueles que estão em situação de rua. O espaço abriga 37 pessoas, embora a estrutura tenha sido projetada para receber até 36 acolhidos. “Também estamos percorrendo as ruas durante a noite para entregar cobertores às pessoas que se recusam ao recolhimento à Casa da Acolhida, mas o trabalho realizado neste espaço é indispensável para a proteção daqueles que estão vulneráveis”, enfatizou o prefeito.

Localizada na Rua Jandaia, nº 1765, no Jardim Vista Alegre, região sul da cidade, a Casa da Acolhida é uma instituição pública municipal de acolhimento temporário voltada a adultos e famílias em situação de vulnerabilidade social. Crianças menores de idade só são aceitas acompanhadas pelos pais. O local está sob coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social, que não tem medido esforços para levar proteção aos desassistidos.

Durante a passagem pelo local, Marçal conversou com os acolhidos e elogiou o trabalho humanizado da equipe. Segundo ele, mesmo com o frio intenso, a movimentação na unidade segue constante, com a chegada e saída diária de duas a três pessoas. Caso necessário, a Prefeitura está preparada para criar novas vagas e atender à alta demanda nesse período de frio.

A coordenadora da instituição, Marli Maria Morgenrotti, informou que a maioria dos abrigados é composta por homens vindos de outros estados, principalmente do Paraná e São Paulo. Atualmente, há também uma mulher com três filhos na unidade. A Casa oferece acolhimento por períodos que variam de três dias a até seis meses, dependendo da situação de cada pessoa. “O perfil predominante é de pessoas que já romperam vínculos familiares”, explicou. “Aqui, além do abrigo, recebem refeições diárias como café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar”, ressaltou Marli.

Ela destacou ainda que muitos dos acolhidos desejam fixar residência em Dourados. Nesse sentido, a equipe trabalha para garantir a emissão de documentos, inserção no mercado de trabalho e encaminhamentos sociais, promovendo autonomia para que essas pessoas possam recomeçar suas vidas e conquistar independência.

A Casa da Acolhida tem como missão garantir proteção integral aos usuários, respeitando sua dignidade, promovendo o resgate de vínculos familiares e comunitários e a construção de novos projetos de vida. Além disso, a instituição busca inserir os acolhidos nas políticas públicas municipais, estaduais e federais, oferecendo suporte para sua reintegração social.

Esporte

Vôlei de praia registra recorde de participação nos Jogos Escolares da Juventude de MS

Os Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso do Sul seguem em andamento na cidade de Três Lagoas até o dia 1º de junho, reunindo atletas na faixa etária de 15 a 17 anos. Nesta terceira fase da competição, entram em cena as disputas de handebol, basquetebol e vôlei de praia.

Com um número recorde de 91 duplas inscritas, sendo 45 duplas femininas e 46 masculinas, o vôlei de praia registrou um aumento de aproximadamente 28% em relação ao ano passado, quando foram 71 duplas. O crescimento expressivo da modalidade levou à sua reclassificação, deixando de ser considerada individual para ser tratada como modalidade coletiva. O aumento na participação também exigiu ampliação na programação dos jogos, demandando mais dias de competição para acomodar todas as partidas.

A mudança evidencia a popularização do vôlei de praia entre os jovens sul-mato-grossenses e o fortalecimento das modalidades coletivas dentro dos Jogos Escolares. Organizada pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), a competição em 2025 conta com representantes de 63 municípios e mais de 3,2 mil participantes, entre atletas, técnicos e dirigentes.

Entre os talentos promissores do vôlei de praia sul-mato-grossense está Kesia Rafaela dos Santos, de 16 anos, atleta de Três Lagoas. “Eu jogo vôlei de praia há dois anos, mas venho do vôlei de quadra, que treino desde os 12 anos. A principal diferença está nas regras, como o uso da espalmada, o croc e a proibição da digital dos dedos no vôlei de praia”, explica Kesia. Ela relembra a conquista do segundo lugar na edição passada dos Jogos Escolares e, junto de sua parceira, busca agora o lugar mais alto do pódio.

Sua dupla, Clara Ventania, também de 16 anos, compartilha a expectativa pelo título. “No ano passado, minha parceira e eu ficamos em segundo, perdendo um jogo acirrado por 18 a 16. Agora, estamos focadas em conquistar o primeiro lugar”.

Sobre o crescimento da modalidade, Clara destaca o aumento do interesse e do conhecimento do público. “Muita gente ainda não conhece o vôlei de praia, pensando que só existe o vôlei de quadra. Mas, assim como eu e minha parceira, muitas pessoas têm se apaixonado pelo esporte. Com o sucesso dos atletas, o interesse vem crescendo”.

A maior referência para as jovens é a dupla brasileira campeã olímpica nos Jogos de Paris-2024, Ana Patrícia e Duda. A três-lagoense Clara descreve a emoção ao acompanhar a conquista.

“Foi uma experiência incrível ver a representatividade do Brasil nas Olimpíadas. Eu, minha parceira e nossa técnica assistimos tudo juntos na casa dela. Acompanhamos de perto a trajetória da Ana Patrícia e da Duda, que já foram campeãs do circuito brasileiro. Ver elas conquistando o ouro olímpico foi emocionante. Pensamos: ‘Caramba, a gente esteve com elas nos torneios nacionais, assistimos aos jogos de perto, temos até fotos com elas!’ Foi uma inspiração enorme que marcou muito para a gente”, detalhou a estudante-atleta.

Dupla Clara e Kesia acompanhada da técnica Ana Rita

A técnica Ana Rita Muniz, de 42 anos, referência na modalidade em Três Lagoas, também celebrou o avanço do vôlei de praia no estado e ressaltou o impacto da visibilidade internacional na valorização do esporte.

“Trabalho como técnica há 11 anos e percebo claramente o crescimento do vôlei de praia nos últimos tempos. A conquista olímpica da Ana Patrícia e da Duda teve um peso enorme nesse processo. A visibilidade que elas trouxeram ao esporte motivou muitos jovens a se interessarem. Além disso, os projetos realizados no interior têm revelado novos talentos, que levam o nome do estado e do país para outros níveis, tornando-se referências para os que estão começando”, enfatizou Ana Rita.

Em relação ao cenário local, Ana Rita reforça o compromisso com a formação integral dos atletas. “Grandes nomes do esporte já surgiram aqui em Três Lagoas. Por isso, nosso foco vai além do talento individual. Trabalhamos a formação integral do atleta, valorizando o aspecto técnico e tático, para que ele saiba exatamente o que está fazendo em quadra e desenvolva autonomia dentro do jogo”.

Os Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso do Sul têm disputas até 1º de junho e você pode acompanhar os resultados: clique aqui para acessar.

Bel Manvailer, Comunicação Setesc
Fotos: Coollab – Registros Esportivos

Empregos

Próspero: em abril, Mato Grosso do Sul ganhou mais 5,7 mil empregados com carteira assinada

O mês de abril fechou com saldo positivo de 5.701 trabalhadores formais com carteira assinada em Mato Grosso do Sul. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego e foram compilados pela Assessoria de Economia e Estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Com esse resultado, o mercado de trabalho formal no Estado totaliza 688.813 pessoas.

Três setores apresentaram saldos positivos, enquanto dois retroagiram no universo de empregados durante o mês. Os destaques positivos foram os setores de Serviços (1.613), Indústria Geral (550) e a Construção (453). Já tiveram mais demissões que contratações a Agricultura (-1.036) e o Comércio (-466).

Entre os subsetores, destacam-se pelo resultado positivo os Serviços de Informação, Comunicação, Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (688) e a Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, Educação, Saúde humana e Serviços Sociais (661).

Na distribuição regional das novas contratações, os municípios com maiores saldos positivos de empregos formais em abril foram: Campo Grande (1.459), Dourados (573), Três Lagoas (410), Aparecida do Taboado (313), Naviraí (293), Inocência (281) e Chapadão do Sul (260).

Nos quatro primeiros meses do ano, Mato Grosso do Sul produziu um saldo de 18.508 novos postos de trabalho. O crescimento percentual de 2,76% em relação ao estoque de empregos formais até o fim de 2024 coloca o Estado em 5º lugar entre as unidades da federação no quesito de geração de empregos.

Veja aqui o boletim do Observatório do Trabalho de MS com todos os dados do Caged.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com