quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Saúde

SES confirma primeiro caso autóctone de Febre Oropouche em Mato Grosso do Sul

A SES (Secretaria de Estado da Saúde), por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, através da Gerência de Doenças Endêmicas, confirmou nesta quarta-feira (14) um caso de Febre do Oropouche autóctone em Mato Grosso do Sul. O caso foi registrado em abril. O indivíduo, homem de 52 anos, reside em Itaporã e já está recuperado.

Conforme a gerente técnica estadual de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener Lemos dos Santos, desde a notificação do primeiro caso importado positivo no Estado, em junho, uma série de ações complementares foram desenvolvidas em conjunto com os municípios, como sistematizar as informações dos casos suspeitos e confirmados (deslocamentos, sintomas, quadro clínico etc.), coleta de amostras de outros pacientes para testagem pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul), com o objetivo de fortalecer a vigilância da doença.

Os casos autóctones são aqueles que têm origem no local em que foi feito o diagnóstico. “A transmissão autóctone significa que o caso diagnosticado teve sua origem no mesmo local de residência do indivíduo. A doença não foi trazida por pessoas de fora como no caso anterior, está acontecendo na própria região”, explica Jéssica.

Caso registrado

O indivíduo de 52 anos procurou unidade de saúde em 04 de abril, no município de Itaporã, relatando sintomas de cefaleia e mialgia. A amostra de sangue foi coletada no dia 5 do mesmo mês e enviada ao Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), sendo o resultado negativo para ZDC (Dengue, Zika e Chikungunya).

No dia 21 de julho, como parte dos esforços implementados após o diagnóstico do primeiro caso em MS, a amostra coletada foi submetida a estratégia de detecção guarda-chuva, tendo resultado positivo para a arbovirose Oropouche.

Logo após a confirmação, a Vigilância Municipal realizou uma busca ativa para a coleta de mais informações a respeito do caso, como: histórico de viagem, se adentrou em área de mata ou recebeu visitas de pessoas que tenham viajado. Depois da investigação finalizada e com todas as respostas negativas para os questionamentos, fechou-se o relatório com o apontamento de transmissão autóctone.

“Não há motivo para pânico da população, a confirmação do caso com transmissão autóctone veio através da série de medidas implementadas pelo Estado para vigilância da arbovirose. Desde junho, 818 amostras que deram negativo para o protocolo ZDC foram testadas pelo LACEN e apenas duas apresentaram o resultado positivo”, reforça Jéssica.

O que é Febre Oropouche?

A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus, que foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente, nos estados da região amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

Como é transmitida?

A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por vetores. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do vetor por alguns dias. Quando esse pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal.

Sintomas

Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático, hidratação e acompanhamento da rede de saúde.

Casos no país

O Brasil tem observado um grande aumento do número de casos de Febre Oropouche. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, já são 7.653 casos em 2024 com dois óbitos relacionados a Oropouche. Em 2023, foram 831 casos.

Prevenção

A orientação é similar aos casos de dengue, que a população, ao observar os sintomas, procure por uma unidade de saúde.

Não há tratamento específico disponível. As medidas de prevenção consistem em evitar áreas com a presença de maruins ou minimizar a exposição às picadas dos vetores, seja por meio de recursos de proteção individual (uso de roupas compridas e de sapatos fechados) ou coletiva (limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, uso de telas de malha fina em portas e janelas).

Nota Informativa – Febre Oropouche

Marcus Moura, Comunicação SES
*Com informações do Ministério da Saúde
Imagem ilustrativa

CLIMA TEMPO

Temperaturas permanecem em elevação e quinta-feira registra tempo quente e seco no Estado

A previsão do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) indica continuidade do tempo firme para esta quinta-feira (15), com sol e variação de nebulosidade. As temperaturas permanecem em gradativa elevação e, aliada ao calor, esperam-se baixos valores de umidade relativa do ar, entre 10% e 30%.

“As condições meteorológicas previstas de tempo estável ocorrem devido a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica que favorece o tempo quente e seco no Estado”, informa o órgão. Por isso, recomenda-se beber bastante líquido, umidificar os ambientes e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia.

A mínima prevista para Campo Grande é de 18°C e a máxima de 33°C. Dourados inicia o dia com 12°C e atinge máxima semelhante à capital. Na região Sul-Fronteira, os valores em Ponta Porã variam entre 15°C e 29°C. Anaurilândia, no Leste, tem mínima de 13°C e máxima de 32°C.

Na região do Bolsão, Paranaíba amanhece com 16°C e chega aos 35°C à tarde, já em Três Lagoas a mínima é de 14°C e a máxima de 33°C. As temperaturas em Coxim, no norte do Estado, iniciam aos 17°C e sobem até os 37°C, enquanto Camapuã marca entre 16°C e 36°C.

Em Corumbá, na região pantaneira, a mínima é de 21°C e a máxima de 35°C; Os termômetros em Aquidauana registram 17°C inicialmente e sobem até 36°C. Em Porto Murtinho, na região Sudoeste, a mínima é de 19°C e a máxima de 36°C.

Heloisa Duim, Programa de Estágio Supervisionado
Foto: Álvaro Rezende

Esporte

Atletas e técnicos do interior compartilham experiências das seletivas para os Jogos Escolares de MS

A segunda etapa dos Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso do Sul teve início no dia 1º de agosto, em Campo Grande, reunindo mais de 3.500 estudantes-atletas na faixa etária de 15 a 17 anos. Este ano, o evento cresce ainda mais, com a participação de representantes de 55 municípios, um aumento expressivo em relação ao ano anterior, que contou com 2.939 atletas.

Organizados pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer), os Jogos Escolares são divididos em quatro blocos de modalidades e promovem a prática esportiva entre jovens, garantindo a classificação dos melhores para a etapa nacional, os Jogos da Juventude, organizados pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), que este ano ocorrerão entre 13 e 28 de novembro, em João Pessoa (PB).

Chegar até aqui, porém, exigiu esforço significativo dos municípios participantes, que organizaram seletivas locais para escolher os melhores times e atletas. Em Anastácio, por exemplo, as seletivas ocorreram nos Jogos Campeã, conforme explicou o técnico da equipe de futsal masculina, Flávio Mendes. Ele conta que a Escola Estadual Roberto Scaff se sagrou campeã, permitindo que ele formasse a seleção da cidade. “Foi uma competição acirrada, com muitos talentos no futsal. Estamos no segundo ano na primeira divisão e, depois de um vice-campeonato em 2022 e um terceiro lugar no ano passado, a expectativa é de melhorar ou manter nossa posição”.

Com 17 anos, o atleta Kaík Miranda, também de Anastácio, expressou sua emoção em participar dos Jogos da Juventude em Campo Grande após vencer a seletiva em sua cidade. “A emoção do jogo sempre está presente. Agora, a expectativa é grande para João Pessoa, onde o nível de competição é mais alto”.

Em Guia Lopes da Laguna, as seletivas foram realizadas no ano passado, segundo o técnico das equipes de futsal masculina e feminina, Patrick Rodrigues. Ele destacou a ansiedade e motivação dos atletas, especialmente aqueles que estão na primeira divisão. “Sabem que a competição é difícil, mas estão preparados para o desafio”.

Renato Fernandes, de 15 anos e também de Guia Lopes da Laguna, falou sobre a facilidade com que sua equipe venceu a fase seletiva. “Os jogos foram tranquilos, e para mim, o esporte é tudo. A expectativa para João Pessoa é grande, queremos chegar lá”.

Em Aquidauana, a técnica Paula Sims explicou que a seletiva é realizada pelos Jogos da Primavera, em outubro, devido ao grande número de escolas. “Os oito melhores classificados nesses jogos competem na seletiva do ano seguinte. Este ano, fomos campeões e montamos a seleção da cidade para vir para os Jogos Escolares”, relatou Paula, destacando o preparo e o apoio que as atletas recebem no município.

A atleta Luana de Oliveira, de 15 anos, da equipe de futsal de Aquidauana, destacou a dificuldade da seletiva em sua cidade. “Foi muito treino e luta para chegar aqui. O futsal é meu refúgio, e estar aqui é a realização de um sonho”, afirmou. Sua colega de equipe, Laura Beatriz Pereira de Brito, também de 15 anos, ressaltou a importância da seletiva municipal e o trabalho árduo para alcançar a classificação. “O esporte é a minha paz, e estamos muito felizes por estarmos aqui”.

Em Corumbá, o técnico Dinarte Mendonça explicou que as seletivas ocorreram no ano passado, e o vencedor teve o direito de representar a cidade este ano. “Estamos há oito anos consecutivos como campeões no futsal feminino, e nosso objetivo é conquistar uma vaga em João Pessoa”.

Amanda Aparecida Santos, de 16 anos, da equipe de futsal de Corumbá, compartilhou a gratificação em ser campeã da seletiva municipal e estar apta a competir nos Jogos Escolares. “O esporte me traz muita alegria, e nossa expectativa é alta para ganhar os Jogos e ir para João Pessoa”.

Por fim, José Emerson Ferreira, técnico das equipes de futsal masculina e feminina de Rio Brilhante, descreveu o processo seletivo em seu município como uma análise criteriosa de todos os atletas participantes. “Formamos uma equipe diversificada, incluindo atletas da aldeia indígena e do distrito de Rio Brilhante. Determinação e empenho não faltarão”.

Yasmin Carvalho, de 15 anos, atleta de Rio Brilhante, comentou sobre a competitividade da seletiva local. “Foi divertido e desafiador, mas o esporte é tudo para mim, tanto física quanto psicologicamente”, disse Yasmin, destacando o impacto positivo do esporte em sua vida.

Karina Lima, Comunicação Setesc
Fotos:Luciano Muta/Coollab

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